Um dos argumentos usado até à exaustão pelos engajados do sistema em que vivemos para a aprovação do Orçamento de Estado para 2011 foi o de que os mercados financeiros iriam reagir mal perante a não aprovação de um Orçamento de Estado que contivesse as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo no PEC III com vista a equilibrar as contas públicas. E que os juros da dívida pública potuguesa iriam subir em flecha, o que levava a que Portugal tivesse sérias dificuldades em conseguir financiamento nos mercados externos.
O próprio Ministro das Finanças, num alarde dramático, veio dizer que se os juros da dívida pública portuguesa subissem para a taxa de 7%, seria inevitável a entrada do FMI. Daí a imperiosa necessidade de ter o Orçamento de Estado aprovado, para acalmar os mercados. E Pedro Passos Coelho, que jurara (em falso) a pés juntos que jamais iria viabilizar um Orçamento de Estado que contemplasse um novo aumento de impostos, não teve outra alternativa que, mais uma vez, de recuar naquilo que prometera.
O Parlamento aprovou o Orçamento de Estado para 2011, que é o pior Orçamento de sempre, com a abstenção do PSD, fazendo o gosto quer aos apaniguados do sistema, liderados pelo atadinho Silva de Boliqueime, quer aos eurocratas de Bruxelas, capitaneados pelo maoista arrependido que quando a situação do País piorou fugiu para Bruxelas, e a quem a mulher um dia o chamou em público de Cherne. E, em contrapartida, uma vez aprovado o Orçamento de Estado, os juros da dívida pública dispararam, tendo a respectiva taxa chegado aos famigerados 7%.
Afinal, para quê tanta pressa em aprovar o Orçamento de Estado quando os mercados não acalmaram, antes pelo contrário? Para quê tanta teatrealização, tanta encenação e tanta dramatização, quando os juros da dívida pública atingiram a famigerada taxa de 7%? Que dizem os arautos da desgraça que era não ter o Orçamento de Estado aprovado perante esta realidade? Aguardam-se as respectivas respostas.
O que assistimos em torno do debate sobre o Orçamento de Estado foi um verdadeiro folclore orçamental. Mais valia não se ter aporvado o Orçamento de Estado, que era para ver se o Governo se ia embora de vez (e, já agora que levasse consigo todas as oposições, do BE ao CDS), e que entrasse cá o FMI, para pôr em ordem este manicómio em autogestão.
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