Manuel Monteiro fez na passada quinta-feira a defesa da sua tese de doutoramento na Universidade Lusíada de Lisboa, onde se debruçou sobre o receseamento eleitoral e a representação política, tendo sido aprovado com louvor e distinção e com a classificação de 18 valores.
Os temas abordados por Manuel Monteiro na sua tese de doutoramento revestem primordia importância em Portugal, onde há cada vez mais um notório e visível divórcio entre os cidadãos e os políticos, conforme o demonstram as elevadas taxas de abstenção nas várias eleições.
Manuel Monteiro vem defender que o recenseamento eleitoral deveria ser facultativo, como acontece nos Estados Unidos da América, em vez de ser obrigatório, como acontece em Portugal.
Existindo um claro e notório divórcio entre os cidadãos e os políticos, muito por causa da péssima qualidade dos políticos, se o recenseamento eleitoral fosse facultativo, é minha convicção que a grande maioria dos portugueses não se recensiaria, o que aumentaria ainda mais a clivagem existente entre os cidadãos e os políticos.
Seria uma pequena minoria que votaria, em detrimento de um elevado número de cidadãos que não exerceria o direito de voto. O que levaria a que os políticos tivessem que rever a sua maneira de estar na política, sob pena de cairem no descrédito total, e o País se tornar ingovernável de uma vez por todas.
Por outro lado, Manuel Monteiro vem defender que a representação política, seja no Parlamento Nacional, no Parlamento Europeu, numa Assembleia Municipal ou numa Assembleia de Freguesia fique dependente do número de votantes.
Com as elevadas taxas de abstenção que se têm verificado, e que andam na casa dos 40%, certamente que o número de eleitos diminuiria drastica e consideravelmente. O que certamente levaria a que os políticos tivessem que rever e alterar a maneira como a política é feita em Portugal.
A tese de doutoramento de Manuel Monteiro pode dar um grande contributo para se proceder a uma ampla e profunda reforma do sistema podre e decadente em que vivemos, pese embora esse mesmo sistema podre e decadente tudo fará para não dar o relevo e a importância que a tese de doutoramento de Manuel Monteiro, de grande grande qualidade académica e científica, merece. Sobretudo porque essa mesma tese mexe com interesses instalados.
Manuel Monteiro, na sua tese de doutoramento, vem demonstrar que tem ideias válidas para Portugal, e que Portugal precisa de pessoas com o perfil e com as ideias de Manuel Monteiro pasa sair da crise em que se encontra.
Manuel Monteiro, a quem, como seu amigo que sou, aproveito para felicitar por este seu êxito pessoal, profissional e académico, é das pessoas mais brilhantes que conheci ao longo da minha vida - e não foram assim tantas. Para além disso, foi dos políticos mais sérios e mais honestos que passaram por este País nos últimos anos, e que sempre, e com que honra, apoiei em todos os combates e projectos políticos em que se envolveu.
Apesar de Manuel Monteiro estar afastado da política activa, espero que regresse à mesma, pois o País precisa dele. Ele sabe que eu sei que ele sabe que eu sei que Portugal precisa urgentemente que Manuel Monteiro regresse à política, a bem de Portugal. Se essa for a sua opção, eu lá estarei para o apoiar, como sempre o fiz.
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