Tenho uma declaração de interesses a fazer: sou um apaixonado do Carnaval, vivo a quadra e mascaro-me sempre na época carnavalesca, independentemente de haver ou não (in)tolerâncias de ponto.
Recuando aos piores anos do cavaquismo, este Governo decidiu acabar com a tolerância de ponto na chamada terça-feira de Carvaval, dando o patético argumento que seria ridículo que a troika visse o País parado, tal como aconteceu na altura dos feriados de Junho do ano transacto.
Porém, muitos municípios houve por este País fora, alguns deles liderados pelo PSD, que, e muito bem, fizeram "orelhas moucas" à medida do Governo, e concederam tolerância de ponto nos respectivos municípios, já que tal iria contribuir para o desenvolvimento e crescimento da economia local. Não obstante Miguel Relvas já veio dizer que para o ano não haverá tolerância de ponto no Carnaval.
Mas o que não deixa de ser caricato e bizarro é que a Fomentiveste e a Finertec, empresas onde Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas trabalhavam antes de virem para o Governo tenham concedido tolerância de ponto aos seus funcionários na terça-feira de Carnaval. Deviam seguir o exemplo dos seus funcionários que, nas vestes de governantes, querem acabar com mais uma tradição do povo português, de modo a satisfazer os interesses e desejos dos eurocratas de Bruxelas.
Desde que a República foi implantada que Portugal tem vindo a degradar-se a cada dia que passa, de forma confrangedora e assustadora, que deixa o mais comum dos cidadãos verdadeiramente de cabelos em pé.
Essa degradação de Portugal é visível a vários níveis: político, económico, social, cultural e moral. Porém, é para falar da degradação de Portugal a nível moral, ou de costumes, que escrevo este artigo.
Com a implantação da República, a degrdação moral do País é uma verdade insofismável. Primeiro liberalizaram o aborto, que é dos crimes mais hediondos existentes à face da terra. De seguida, banalizaram o acesso ao divórcio, sendo que hoje divorciar é quase tão fácil como beber um copo de água (apesar da seca que assola o País), eliminando do regime jurídico do divórcio o conceito de culpa, que é dos principais conceitos do Direito Civil. E, de seguida, legalizaram o "casamento" civil de duas pessoas do mesmo sexo, equiparando-o ao casamento civil de duas pessoas de sexo diferente.
Tudo isto mais não são do que alterações legislativas aberrantes num País que tende a ser um manicómio em autogestão, gerido e (des)governado por verdadeiros inimputáveis.
Mas para que a aberração moral do País aumentasse ainda mais, eís se não quando o bizarro e exótico Bloco de Esquerda, liderado pelo inenarrável Frncisco Louçã apresentou um projecto de lei que permitia a adopção de cianças por "casais" do mesmo sexo.
Convenhmos que os superiores interesses dos menores não ficariam devidamente acautelados, que certamente as crianças iriam ficar com traumas e sequelas para o resto das suas vidas caso tal alteração legislativa singrasse, o que certamente iria contribuir para um aumento da facturação dos consultórios dos psiquiatras e psicólogos.
Felizmente que em boa hora o Parlamento deste País chumbou tão bizarro, extótico e aberrante processo legislativo que iria ainda mais aumentar a degradação moral do País. Porém, do resultado da votação parlamentar há dados que me deixam apreensivo quanto ao desfecho desta votação, que, mais cedo ou mais tarde, a adoção de crianças por "casais" do mesmo sexo venha a merecer consagração legal.
É que dos partidos que compõem a maioria que nos (des)governa, houve 9 votos a favor no PSD a favor da alteração legislativa proposta pelo Bloco de Esquerda, e 1 abstenção e 1 voto a favor no CDS (de João Rebelo e e Adolfo Mesquita Nunes, respectivamente).
Há dentro do PSD quem seja a favor da defesa de causas ditas fracturantes, como a (ainda) Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, e o piegas do Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho. E os deputados da bancada do PSD que votaram a favor da alteração legislativa do BE são próximos de Pedro Passos Coelho e de Paula Teixeira da Cruz.
Quanto ao CDS, desde que Paulo Portas ascendeu à liderança do partido, o partido sofreu uma viragem a 180 gráus nas suas opcções e orientações políticas, que o levou a caminhar a passos largos para se integrar no sistema que o próprio Paulo Portas, enquanto Director de "O Independente" veementemente criticou. Pelo que não espanta que entre as pessoas que são próximas de Paulo Portas haja quem defenda a proposta legislativa do BE.
Aguardemos pois pelas cenas dos próximos capítulos na degradação moral de Portugal.
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