Sexta-feira, 5 de Fevereiro de 2010

Lisboa e Alberto João Jardim

A alteração à Lei das Finanças Regionais tem estado no epicentro de uma batalha política entre o Governo e os partidos da Oposição, com o Governo a dramatizar e a querer criar uma crise política caso as alterações que propõe para a Lei das Finanças Regionais venham a ser chumbadas pelo Parlamento.

 

Diz o Governo que o País está em crise, que é necessário conter a despesa pública, e que a Madeira não se pode endividar ainda mais do que o resto do País. Ora, de acordo com alguns especialistas, as contas públicas não correm perigo se as alterações à Lei das Finanças Regionais propostas pelos partidos da Oposição forem aprovadas pelo Parlamento.

 

O Governo fala em déficit excessivo, e não quer que a Madeira receba mais dinheiro. Todavia, este mesmo Governo, no Orçamento de Estado que apresenta para este ano afecta 60% das verbas do PIDAC para Lisboa.

 

Isto vem demosntrar o que há muito penso e digo. Lisboa é o centro do poder, tudo se decide em Lisboa, tudo se passa em Lisboa, e o resto do País não existe, porque não passa de mera Provincia. Portugal é Lisboa, e o resto é paisagem. Os portugueses inteligentes são os de Lisboa, e o resto da polulação não passa de meros acéfalos, provincianos e labregos. Lisboa é centralista, é arrogante, é prepotente, é presunçosa e é (pseudo) elitista. Lisboa, com excepção do Estádio da Luz, das tabuletas de trânsito que dizem A1 Norte, e dos placards informativos existentes nas Estações de Santa Apolónia e do Oriente, e que indicam os comboios que partem para o Norte, para a Beira Alta e para a Beira Baixa, não tem dada de bonito, nada que preste e nada de bom que se lhe possa apontar. Lisboa é um ântro de intriga, de maledicência, de oportunistas e de trafulhas. Lisboa não interessa a ninguém com o mínimo de bom senso.

 

Porém, essa mesma Lisboa, cínica e hipócrita, quando aparece alguém a reinvindicar investimento para a sua região, e alguém que ousa criticar o centralismo asfixiante e paranoíco que se vive na (ainda) capital de Portugal, quase que se insurge como uma virgem púdica e ofendida, e diz que o País não tem dinheiro para devaneios. Mas essa mesma Lisboa suga para si 60% das verbas do PIDAC.

 

Têm razão Luís Filipe Menezes, Fernando Gomes e Jorge Nuno Pinto da Costa quando se insurgem contra Lisboa. Como também tem razão  Alberto João Jardim quando chama de bastardos (para não os chamar de filhos da puta) aos tipos de Lisboa que mandam neste País. Subscrevo na integra as considerações de Alberto João Jardim à corja de alfacinhas (prefiro chamár-lhes de Mouros) que mandam em Portugal.

publicado por novadireita às 14:54
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Deco abandona Selecção Nacional

Numa entrevista dada a uma estação de rádio brasileira, Deco, futebolista brasileiro, mas com nacionalidade portuguesa, e a jogar no Chelsea, disse que após o Mundial deste ano que se disputará na África do Sul, deixará de jogar pela Selecção Nacional.

 

As fases finais de Mundiais e/ou de Europeus de Futebol são a altura anunciada por muitos jogadores para deixarem de jogar pelas suas selecções, se bem que ainda continuem a jogar por mais algumas épocas nos seus clubes. E Deco anunciou que após o Mundial da África do Sul deixa de jogar pela Equipa das Quinas.

 

É mais um jogador de grande talento que deixa a nossa Selecção. O que é pena. Há pois que arranjar jogadores que o possam substituir condignamente, e fazer o lugar que Deco fez com méstria (e estou certo que o fará no Mundial) na Equipa das Quinas. Há dois nomes que, à partida podem fazer o lugar de Deco: Carlos Martins e João Moutinho.

 

publicado por novadireita às 14:43
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ETA em Portugal

A Polícia Judiciária descobriu um arsenal considerável de armas e de explosivos pertencentes à ETA numa casa situada nas proximidades de Óbidos. Essa casa teria sido dada de arrendamento a um cidadão britânico a residir em Luanda que, por sua vez, a teria subarrendado a um cidadão de nacionalidade espanhola. Casa esse que, segundo as notícias entretanto postas a circular pela comunicação social, já andava sob vigilância da Polícia Judiciária há mais de uma semana.

 

Entretanto, no princípio deste ano, dois indivíduos com ligações à ETA, organização terrorista que luta pela independência do País Basco, foram detidos em Torre de Moncorvo, numa operação conjunta desencadeada pela GNR e pela Guardia Civil. E no Verão do ano passado um carro com matrícula espanhola carregado de explosivos foi encontrado abandonado no Algarve, a poucos quilómetros da fonteira de Vila Real de Santo António. Viatura essa que meses antes tinha sido referenciada pelas autoridades policiais espanholas como estando envolvida em mais um atentado perpetrado pela ETA.

 

Há muito que se fala da existência de bases da ETA em Portugal. E cada vez essa tese ganha mais comsistência, perante as notícias que têm vindo a público. É pois tempo de o Governo deste País, de uma vez por todas, denunciar o acordo de Schengen, de total abertura das fronteiras e de livre circulação de pessoas e de mercadorias, e começar a policiar e a vigiar todas as fronteiras do território português, de modo a impedir que organizações terroristas como a ETA tenham bases no nosso País.

 

Portugal não tem que ser o vasadoro do lixo lá de fora. Já bem basta o lixo que temos cá dentro. E é muito.

publicado por novadireita às 14:28
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Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 2010

Birras de Ditador

Que José Sócrates é um ditador, não é novidade nenhuma para ninguém. As atitudes que tem tomado enquanto Primeiro-Ministro demonstram-no perfeitamente.

 

Na última legislatura José Sócrates pôde fazer tudo aquilo que lhe deu na real gana, pois dispunha de uma maioria absoluta no Parlamento que devota e cegamente lhe obedecia, e assim Sócrates governava a seu bel prazer.

 

Só que a realidade dos factos é outra. Os Portugueses retiraram a maioria absoluta ao PS, e só não apearem José Sócrates do poder porque infelizmente não existem alternativas de poder válidas e credíveis. E assim José Sócrates viu-se obrigado a governar em minoria.

 

Só que José Sócrates, tal como os restantes ditadores, não sabe governar em minoria. E tudo serve de pretexto para criar conflitos e crises onde não existem. Agora, sob o pretexto de uma alteração à Lei das Finanças Regionais, José Sócrates ameaça demitir-se se o Parlamento chumbar a alteração proposta pelo PS.

 

Ora isso é chantagem típica de um ditador. Sócrates sabe que o País está mal, que não consegue resolver os problemas do País, porque para tal são precisos políticos e políticas novas, e quer abandonar o barco como um rato, pois, em caso de naufrágio, os ratos são os primeiros a abandonar o barco. Daí que invente e crie crises políticas para arranjar desculpas para não governar.

 

Sr. Primeiro Ministro, deixe de ser um ditador de meia tijela e governe o País, se faz favor. Ou então se se quer ir embora, diga isso aos Portugueses, e leve consigo toda a cáfila de acólitos que o servem, e que não passam de mediocridades e de nulidades políticas.

publicado por novadireita às 12:24
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Quarta-feira, 3 de Fevereiro de 2010

Porto esmaga Sporting

Numa electrizante partida de futebol, o Porto venceu o Sporting por 5-2, eliminando assim a equipa de Alvalade da Taça de Portugal.

 

Foi um jogo disputado a um ritmo alucinante, com o Porto a dominar claramente o seu adversário, dominando-o e sufocando-o por completo.

 

Digam o que disserem de Pinto da Costa (e eu revejo-me em muitas críticas que lhe são feitas), ontem o Porto não preceisou de benesses de árbitros. Venceu com todo o mérito e, se continuar a jogar como jogou ontem, vai dar luta na conquista do campeonato.

 

Benfica e Braga que se cuidem, pois ainda vão ter que ir jogar ao Estádio do Dragão. Mas se o Benfica jogar aquilo que sabe e que já mostrou esta época, pode muito bem pregar um amargo de boca nos portistas. Aí é que eu me ia rir.

publicado por novadireita às 16:59
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Mexericos Socialistas

Numa entrevista à televisão estatal, sempre afecta à côr política que está à frente do Governo, o inenarrável Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, referindo-se à crónica censurada a Mário Crespo no "Jornal de Notícias", e que o Nova Direita publicou, disse que não ia perder tempo com mexericos. E que, sobre as conversas que os comensais do almoço ocorrido no Hotel da Lapa a 26 de Janeiro último afirmou que há conversas privadas que não têm de ser do domínio publico, pois, segundo o Ministro, "não estamos no tempo do Dr. Salazar e do General Kaulza de Arriaga".

 

É mexerico o que 3 altos governantes dizem de um reputado jornalista da nossa praça? Ainda para mais num restaurante frequentado por figuras públicas do nosso País? E dito de forma estridente e sonóra, para que todos os que estivessem no local o pudessem ouvir?

 

É claro que cada um é livre de ter as opiniões que quiser. Mas manda a prudência e o bom senso que conversas como as relatadas na crónica censurada a Mário Crespo sejam tidas num ambiente recatado. E não num local altamente frequentado.

 

Quanto às referências feitas por Pedro Silva Pereira ao Prof. Oliveira Salazar e ao General Kaulza de Arriaga, as mesmas, para além de infelizes e despropositadas, apetece-me devolvê-las à procedência de quem as proferiu. É que quem as proferiu está a anos-luz de chegar aos calcanhares e ao nível do Prof. Oliveira Salazar e do General Kaulza de Arriaga. Ainda tem que comer muita papa Maizena para chegar ao nível de tão distintas figuras.

 

Por último, quanto ao General Kaulza de Arriaga, pena é que na altura em que teve todas as condições para o fazer, não tenha intervindo política e militarmente no País. Se o tivesse feito, certamente que Portugal não estava pelas ruas da amargura.

publicado por novadireita às 14:57
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Crónica Censurada de Mário Crespo

Este blog é um espaço de liberdade. Aqui tudo é publicado, sem quaisquer espécies de exames prévios e/ou de censuras, desde que as publicações obviamente não sejam ofensivas do bom-nome das pessoas. Ou onde se cultive a libertinagem.

 

Por ser um espaço de liberdade, o Nova Direita publica aqui na integra a crónica de Mário Crespo, que era para ser publicada no "Jornal de Notícias" do passado dia 1 deste mês (curiosamente no dia em que se assinalavam 102 anos do funesto Regicídio), e que José Sócrates, o PS e seus apaniguados censuraram, 35 anos após a restituição da "liberdade".

 

"Terça feira, dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-Ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil ("um louco") a necessitar de ("ir para o manicómio"). Fui descrito como "um profissional impreparado". Que injuntiça.

 

Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como "um problema" que teria de ter "solução". Houve no restaurante quem ficasse incomodado com a conversa, e me tivesse feito chegar um registo. E fidedígeno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): "(...) o PM tem qualidades e tem defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (...)".

 

É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema da colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialética só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes de momento, dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis, os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerados e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos da demência. Os críticos passam a ser "um problema" que exige "solução".

 

Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-Ministro já não tem tantos "problemas" nos media como tinha em 2009. O "problema" Manuela Moura Guedes desapareceu. O "problema" José Eduardo Moniz foi "solucionado". O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser "um problema". Foi-se o "problema" que era o Director do Público. Agora que o "problema" Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro-Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares, que tem a tutela da comunicação social abordam um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais "um problema que tem que ser solucionado". Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada".

 

Comentário: Muitas vezes discordei de Mário Crespo, achei o Jornal de Sexta da TVI apresentado por Manuela Moura Guedes uma aberração jornalística que provoca vómitos ao mais comum dos mortais (e faço minhas as palavras de António Marinho e Pinto para com Manuela Moura Guedes), desta vez dou razão a Mário Crespo, e revejo-me na sua crónica censurada.

 

Somos efectivamente governados por um bando de acéfalos que convive mal com a liberdade de expressão e com a divergência de opiniões. Foi assim com Mário Soares, passou-se o mesmo com Cavaco Silva e com a famigerada dupla Durão Barroso / Paulo Portas, e passa-se precisamente o mesmo com José Sócrates e quejantes.

 

Por mim, serei sempre um "problema" para José Sócrates e para todos os ditadores de meia tijela que governem este País. Não me calarão nem me impedirão de dizer o que penso. A menos que me façam o mesmo que fizeram a D. Carlos I a 1 de Fevereiro de 1908, ou a Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa a 4 de Dezembro de 1980.

 

publicado por novadireita às 14:15
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O Artigo de António Marinho e Pinto Sobre Mário Soares

No passado mês publiquei neste blog um artigo que o Bastonário da Ordem dos Advogados e Meu Amigo, Dr. António Marinho e Pinto escreveu em tempos sobre Mário Soares. E prometi que iria comentar esse artigo neste mesmo espaço.

 

Como o prometido é devido, aqui vou comentar o referido artigo que o meu Bastonário escreveu sobre Mário Soares.

 

Tal como António Marinho e Pinto, também eu não tenho quaisquer simpatias, sejam pessoais, sejam políticas, em relação a Mário Soares. Mário Soares para mim representa o pior que há na política portuguesa, pelas razões que passo a explicar.

 

Mário Soares define-se a si próprio como socialista, republicano e laico. Ora eu sou precisamente o oposto. Sou conservador/liberal, monárquico e católico. Logo aí estamos em campos opostos.

 

Apesar de achar que o meu País se encontra à deriva, mal governado e entregue a uma cáfila de incompetentes que só se sabem governar a si próprios, em amo o meu País, que também é a minha Pátria. Ao invés, Mário Soares, despreza e trai a sua Pátria.

 

Mário Soares foi um opositor do Estado Novo. Nada a dizer. Só que Mário Soares, enquanto "oposicionista", esteve ligado a grupos subversivos que planearam e executaram atentados terroristas em Portugal, financiando esses mesmos grupos. Mário Soares também financiou os movimentos ditos de libertação das Províncias Ultramarinas de Portugal, que empreendiam uma luta armada contra Portugal. Ao financiar e apoiar os movimentos ditos de libertação do Ultramar Português, que estavam em guerra com Portugal, e que mataram para além dos nossos soldados e marinheiros, muitos civis inocentes, incluindo mulheres e crianças, Mário Soares, ao colocar-se ao lado dos inimigos de Portugal e a apoiar esses mesmos inimigos, estava a trair o seu País.

 

Aquando de uma visita de Marcello Caetano a Londres, em 1973, Mário Soares, liderando um grupo de oposicionistas portugueses que protestavam contra a visita do Presidente do Conselho ao Reino Unido, pisou e cuspiu na Bandeira Nacional. Ora quem comete tão infamante acto, não tem nível, nem perfil, nem prestígio, nem autoridade para desempenhar cargos governativos e de representação do País. Mas Mário Soares foi Ministro, Primeiro-Ministro e Eurodeputado. E mais. Foi também Presidente da República. Por aqui se vê o nível da República.

 

É também por a República ter representantes pessoas como Mário Soares que sou assumidamente, e cada vez mais Monárquico, pois os nossos Reis e Rainhas não tiveram os comportamentos indignos e infamantes para com o seu País como teve Mário Soares.

 

Francisco Sá Carneiro também foi oposicionista do Estado Novo, e não tomou para com o seu País as atitudes indecorosas que foram tomadas por Mário Soares.

 

Mário Soares está também relacionado a um dos mais funestos acontecimentos da História de Portugal, que foi a descolonização do Ultramar, que ele teve a ousadia e o atrevimento de chamar de exemplar.

 

Os movimentos ditos de libertação surgem em pleno período da Guerra Fria, em que o Mundo era dominado pelos EUA e pela URSS, sendo que as Provinciais Ultramarians de Portugal despertavam a cobiça e o interesse de americanos e de soviéticos. Foi então que os EUA organizaram e financiaram o UNITA em Angola, a RENAMO em Moçambique e a UDT em Timor Leste, e a URSS o MPLA em Angola, a FRELIMO em Moçambique, o PAIGC na Guiné Bissau e a FRETILIM em Timor Leste.

 

Mais do que lutarem contra Portugal, os movimentos de libertação lutavam entre si, e contra si, como aconteceu em Angola, em Moçambique e em Timor Leste. Pelo que proceder-se à descolonização imediata das antigas Províncias Ultramarinas de Portugal, conforme pretendia o MFA, seria um erro político gravíssimo, com consequências nefastas.

 

Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, o poder polítco daí saído, no qual Mário Soares era Ministro dos Negócios Estrangeiros, em vez de preparar os povos das Províncias Ultramarinas para uma autodeterminação e autonomia progressivas, promovendo a paz e criando as condições para que as populações locais se pronunciassem em referendo sobre que tipo de autodeterminação é que pretendiam, entregaram de mão beijada o poder aos movimentos de cariz pró-marxista e pró-soviético.

 

Os resultados estão à vista. Milhares e milhares de compatriotas nossos que há várias gerações se encontravam radicadas no Ultramar a terem que regressar à pressa à Metropole apenas com a roupa que tinham no corpo, e perdendo tudo aquilo que amealharam ao longo de toda uma vida de trabalho. Guerras civis em Angola, Moçambique e Timor Leste, com milhares e milhares de mortos e feridos. Instabilidade política na Guiné Bissau, com Golpes de Estado a um ritmo alucinante.

 

Mário Soares não teve a humildade sequer de pedir perdão ao Povo Português pelos atrocidades que lhes inllingiu com a decolonização que ele denominou de exemplar. Pela simples razão que Mário Soares é tudo menos humilde. Se a descolonização foi de exemplar, conforme Mário Soares denomina, então foi-o pela negativa.

 

Claro que António Marinho e Pinto não faz referência a estes episódios, porque António Marinho e Pinto é um homem de esquerda, e estes temas são caros à esquerda. Mas os mesmos têm que ser falados, para que a caracterização de Mário Soares seja completa, e não apenas pela metade.

 

No demais, revejo-me integralmente no artigo que António Marinho e Pinto escreveu sobre essa sinistra personagem da nossa História.

publicado por novadireita às 12:04
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Terça-feira, 2 de Fevereiro de 2010

Censura a Mário Crespo

Mário Crespo, jornalista da SIC Notícias assinava uma crónica semanal no "Jornal de Notícias" todas as segundas-feiras, onde abordava temas da actualidade política.

 

Todavia ontem foi noticiado que o "Jornal de Notícias" não publicou a crónica de Mário Crespo. Isto porque Mário Crespo se referiu a um almoço tido num Hotel de Lisboa, no qual estiveram presentes José Sócrates, Pedro Silva Pereira e Jorge Lacão.

 

Durante o repasto, o nome de Mário Crespo foi falado pelos comensais. E, a páginas tantas, José Sócrates disse que Mário Crespo era um indivíduo com problemas mentais, e que necessitava de tratamento psiquiátrico. E que Mário Crespo era um problema para o PS e para o Governo.

 

Tudo leva pois a entender que houve pressões do Governo junto do Director do "Jornal de Notícias" para a crónica semanal de Mário Crespo não ser publicada. Porque precisamente se tratava de uma crónica incómoda para o PS e para o Governo liderado por um Primeiro-Ministro com tiques de um ditador de meia tijela.

 

É pois o regresso da censura, da forma mais descarada e autoritária possível. O Governo convive mal com a crítica e com as diferenças de opinião. E usa de todos os meios possíveis para silenciar todos aqueles que legitimamente ousam discordar da governação socialista.

 

Perante a censura a Mário Crespo, faço a seguinte pergunta? Foi para isto que implantaram a República? Foi para isto que fizeram o 25 de Abril de 1974? Safa.

publicado por novadireita às 11:44
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Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2010

102 Anos de Vergonha

Passam hoje precisamente 102 anos em que Sua Majestade, El Rei D. Carlos I e o Princípe Herdeiro, Sua Alteza Real D. Luís Filipe de Orleães e Bragança foram barbara e cobardemente assassinados à chegada a Lisboa, vindos de Vila Viçosa, por dois assassinos, de nomes Costa e Buiça, que, a mando da Carbonária, organização republicana de cariz radical, tinham por missão assassinar a Família Real, com vista à implantação da República em Portugal.

 

Portugal no início do século XX vivia debaixo de uma enorme crise política, advinda do ultimato inglês de 1890, quando Hintze Ribeiro e Capelo Ivens pretendiam criar o mapa cor-de-rosa, no qual era anexado ao Território Nacional toda a faixa terreste entre os territórios de Angola e de Moçambique. Procurava-se ligar por terra a costa atlântica de Angola à costa índica de Moçambique.

 

O Governo inglês não gostou da ideia de Portugal, e lançou um ultimato ao Governo português. Se Portugal não retirasse as suas forças expedicionárias para dentro das fronteiras dos territórios de Angola e Moçambique, então uma armada inglesa viria até Lisboa e bombardearia o Terreiro do Paço. Como na altura a Inglaterra era a maior potência mundial e dispunha de um grande poderio militar, não restou outra alternativa ao Governo de Portugal que não a de ceder às exigências britânicas.

 

A cedência de Portugal face a Inglaterra na questão do mapa cor de rosa levou a uma onda de descontentamento por parte da população. Os partidários da República começaram a atribuir à Casa Real e à Monarquia a origem de todos os males que atormentavam o País. A mudança de regime era tema de conversa, e a Família Real era alvo a abater.

 

D. Carlos I aprecebeu-se da gravidade da situação e da crise política pela qual o País passava, e começou a mudar o rumo das políticas. E de modo a pôr termo à instabilidade política que se vivia no País, com as continuas e sucessivas mudanças de Governo a um ritmo alucinante, D. Carlos I nomeou João Franco como Primeiro-Ministro do Reino, que governou em "Ditadura". Chamou-se de "Ditadura" porque a escolha do Primeiro-Ministro foi uma escolha pessoal e directa de D. Carlos I, se bem que o Governo de João Franco tinha que prestar contas da sua actividade nas Cortes, onde o Partido Republicano tinha uma representação minoritária, na qual prontificavam radicais e extremistas como António José de Almeida ou Afonso Costa.

 

As medidas tomadas por D. Carlos I e por João Franco começaram a surtir efeito e o Rei reconciliu-se com o seu povo. Essa reconciliação entre o Rei e os Portugueses caiu mal entre os republicanos, que, anciosos pela mudança de regime, viam que muito dificilmente tal pretensão iria ter êxito. Ainda para mais quando D. Carlos I assinou um decreto que puniu com a pena de degredo para Timor todos aqueles que dias antes estiveram envolvidos numa insurreição republicana que em boa hora foi esmagada.

 

D. Carlos I era pois um alvo a abater. Só com a sua eliminação física é que poderia ser implantada a famigerada Répública cujo centenário é comemorado com toda a pompa e circunstância pela cáfila que nos governa e à custa de milhares e milhares de euros vindos dos boslos dos contribuintes, e com o País com uma situação económica calamitosa.

 

A República cujo centenário de implantação alguns comemoram só foi possível com a eliminação física do Rei D. Carlos I e do Princípe Herdeiro, D. Luís Fílipe, num barbaro, cruel e cobarde atendado. Se D. Carlos I e D. Luís Filipe não tivessem sido barbara e cobardemente assassinados a 1 de Fevereiro de 1908, certamente que a República não teria sido implantada, e Portugal estaria bem melhor do que está hoje.

 

O Regicídio de 1 de Fevereiro de 1908 foi a maior vergonha do século XX. É pois altura de, neste dia, todos os Patriotas prestarem uma justa e sentida homenagem a D. Carlos I e a D. Luís Filipe e continuarem a luta que eles travaram em nome deste País que tanto amaram e pelo qual perderam a vida.

publicado por novadireita às 10:50
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